Anunciada recentemente pela emissora da Anhanguera, A Rosa dos Milagres (La Rosa de Guadalupe) chega em breve à programação das tardes como a mais nova aposta para substituir a exibição de Carrossel, em sua terceira apresentação.
Lançada no México pela Televisa em 2008 e ainda em produção, a atração foi criada por Carlos Mercado Orduña e narra em episódios unitários alguns conflitos sociais que são solucionados por intermédio da Virgem de Guadalupe, a padroeira mexicana, que, simbolizada por uma rosa branca, realiza milagres em benefício daqueles que oferecem preces em sua devoção.
As histórias, muitas vezes inspiradas em personagens e relatos reais, são contadas com intenso dramatismo e recriam situações de desespero, violência familiar, bullying, pobreza, enfermidades e sofrimento, que envolvem problemas recorrentes da sociedade desde sempre, até temas atuais, como pano de fundo para a propagação de uma mensagem positiva, de esperança e estímulo para o ser humano.
Apesar do forte apelo católico de alguns episódios, outros no entanto são marcados por elementos polêmicos e bastante violentos, o que tornaria inviável e até mesmo imprudente a exibição de determinadas cenas em horário vespertino. Caberá aos diretores do canal, selecionar àqueles que mais se adequam à faixa horária e que contêm atrativos que cativem o público, como a participação de atores reconhecidos e histórias que agreguem mensagens de valor para os que desejarem acompanhar o desenrolar desta nova proposta para as tardes.
Programada para ir ao ar a partir do dia 11 de março, às 18h30, A Rosa dos Milagres terá como missão elevar os baixos índices de audiência de Carrossel, que deixa a programação com diversos cortes para o seu término antecipado. Apesar de contrariar a vontade de muitos que aguardam por telenovelas, o canal espera que aqui, assim como no México e em diversos países latino-americanos, a série caia no gosto do público e não seja apenas um tapa-buraco na programação, o que dependerá, e muito, de seus resultados.
La que no Podía Amar |
Por outro lado, em avançado estágio de dublagem pela Rio Sound Estúdios, no Rio de Janeiro, La que no Podía Amar se posiciona como a principal candidata a ganhar sua exibição pela emissora nos próximos meses. Inédito na televisão brasileira, o folhetim traz a diva Ana Brenda Contreras (Coração Indomável, Teresa, Sortilégio) como o grande atrativo desta produção, assinada pelo produtor José Alberto Castro e exibida originalmente pelo canal Las Estrellas, no México, em 2011.
Na trama, uma versão moderna de Sigo te Amando, veiculada pelo SBT no ano 2000, Ana Brenda vive Ana Paula Carmona Flores, uma jovem estudante de enfermagem que está prestes a concluir seu curso e que sonha em dar uma vida melhor à sua família. Infelizmente, seu irmão Miguel (Osvaldo Benavides), devido às dificuldades financeiras em que a família se encontra, acaba por se envolver numa situação que muda repentinamente a vida de Ana Paula.
Enquanto Miguel está no hospital e a ponto de ser preso, Bruno (Julián Gil), o advogado de Rogério Monteiro (Jorge Salinas), um temível fazendeiro, se oferece para ajudar, e, disposta a sacrificar a sua liberdade pela família, Ana Paula aceita cuidar de Rogério, que ficou paraplégico e condenado a uma cadeira de rodas após um acidente. Quando começa a conviver com Rogério, Ana Paula descobre que por trás do temperamento difícil do seu patrão, existe um homem atormentado por uma imensa desilusão amorosa após ter sido abandonado por sua namorada depois do acidente. Ela, então, decide assumir a missão de tornar Rogério uma pessoa melhor. Contudo, a sua tarefa é complicada pelo reaparecimento de Vanessa (Mar Contreras), a ex-namorada de Rogério, que volta decidida a reconquistá-lo. O elenco conta com nomes de peso e muitos rostos já conhecidos pelos telespectadores, como Susana González, Ana Martín, Ana Bertha Espín, Ingrid Martz , Fabián Robles, Paty Díaz, Alejandro Ávila , Marco Méndez, Michelle Ramaglia e muitos outros.
Apesar de ter sido produzida há quase oito anos, La que no Podía Amar continua sendo uma das telenovelas favoritas e mais pedidas pelo público do canal de Silvio Santos, que atualmente está órfão de histórias inéditas na programação vespertina e aguarda ansioso por novidades na grade. Mesmo tendo ao seu dispor um vasto catálogo de produções inéditas, resguardado por um contrato de exclusividade com a Televisa para transmissão em sinal aberto no Brasil, o SBT pouco tem aproveitado o conteúdo disponível a seu favor e se limita a colocar no ar reprises de produções exibidas recentemente, como nos casos de Coração Indomável e Teresa, que desembarcaram no Brasil em 2015 e voltaram à faixa em 2018. Além disso, nos últimos anos, se dedicou a adaptar roteiros de telenovelas infantis para a produção de suas próprias versões, que volta e meia são reexibidas à exaustão.
Nos últimos cinco anos, período em que está vigorando o atual contrato com a gigante mexicana, poucos foram os títulos inéditos que ganharam espaço por aqui. Tramas como A Dona, Meu Coração é Teu, Abismo de Paixão, Mar de Amor, A Gata, Lágrimas de Amor, Querida Inimiga, O Que a Vida me Roubou, Um Caminho Para o Destino, Amanhã é Para Sempre e Que Pobres Tão Ricos, sendo esta a última trama inédita exibida até o momento, desfilaram pela programação dividindo espaço com reprises aleatórias de folhetins que já eram conhecidos pelo público.
Triunfo del Amor |
As opções são variadas, mas, além da boa vontade e escolha correta dos responsáveis pela programação do canal, alguns fatores tornam a exibição destes folhetins um tanto morosa para a espera dos fãs, barreiras que envolvem desde orçamento disponível para dublagem, até a principal delas, a falta de espaço na grade da emissora, o que compromete a ampliação de horários para transmissão das produções mexicanas.