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Entre o Teu Amor e o Meu estreia na ZAP Novelas

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A partir desta quarta-feira, 8 de junho, a ZAP Novelas traz em sua programação vespertina a telenovela Entre o Teu Amor e o Meu (Entre Tu Amor y Mi Amor), a mais nova produção dramática da Venevisión, que chega até Angola e Moçambique, em sua grande estreia internacional. Escrita por Carlos Pérez, o folhetim é uma história original que traz como protagonistas os atores Rosmeri Marval e Daniel Elbittar, além de diversas personalidades da teledramaturgia venezuelana, onde se destacam nomes como Simón Pestana, Carlota Sosa, Yuvanna Montalvo, Antonio Delli, Eileen Abad, María Antonieta Duque, Greisy Mena, Maríalejandra Martín e grande elenco.

Dublada em português, Entre o Teu Amor e o Meu será exibida com exclusividade para Angola, às 13h00, e Moçambique, às 14h00, de segunda a sábado, em substituição à telenovela mexicana Infâmia.


SINOPSE

Sol Buendia (Rosmeri Marval), uma doce jovem camponesa, abandona seu povoado na fronteira e vai para a cidade, fugindo do assédio de Heriberto Madronho (Simón Pestana), o cruel credor de sua família. O que Sol não sabe é que as pessoas que a criaram não são seus pais biológicos, já que eles morreram há muitos anos, pelas mãos de Heriberto, que naquela época servia como matador particular para Regina Caicedo (Carlota Sosa), sua meia-irmã e protetora no mundo do crime.

A ordem de Regina incluía assassinar também a filha recém-nascida do casal e seu objetivo era se apropriar da fortuna dos falecidos. A fraude aconteceu e Regina ficou com os bens daqueles que antes foram seus sócios comerciais. Porém, Heriberto não teve coragem para matar a pequena menina e a entregou a um casal de agricultores que trabalhavam em suas terras, para que a criassem como filha legítima. Assim, a viu crescer, sempre com uma íntima satisfação por ter poupado sua vida, e agora que Sol se tornou uma bela jovem, Heriberto está tão profundamente apaixonado por ela, que não se importará em matar ou morrer a fim de tê-la ao seu lado.

Quando Sol chega à cidade, ignora que Madronho seguiu seus passos, manipulando o endereço para que ela chegasse justamente aonde ele pudesse esperá-la. Porém, por um erro que ele nunca se perdoará, a jovem acaba parando na casa da própria Regina, agora conhecida como Regina Monserrat, por ter se casado com um homem bondoso e rico, chamado Eloy Monserrat (Antonio Delli).

Aí ela conhece Alejandro (Daniel Elbittar), o filho de Regina e Eloy, e fica fascinada. A força do amor os leva a passar por cima dos preconceitos e das diferenças sociais e navegar seguros rumo à felicidade. No entanto, ao descobrir o que seu meio-irmão fez, o medo de Regina a deixará alerta e ela colocará para funcionar um plano para não ser descoberta.

A resposta de Regina diante da ameaça que traz a presença de Sol, é determinante: Madronho, que anda enlouquecido por sua obsessão amorosa com a jovem, será traído e enviado à prisão por outros crimes que já cometeu. E, em vez de entregar a Sol a fortuna que lhe corresponde, a acusa com provas falsas por ter tentado matar Madronho, que fugirá e será ferido acidentalmente em um enfrentamento com Sol, o que parecerá um crime passional.

Alejandro, convencido de que Sol e Madronho na realidade sempre foram amantes, sentirá a ferida da traição e, amando-a com todas as forças, se verá na obrigação de magoá-la, e voltará a corresponder o amor insípido de Aída Cárdenas del Risco (Yuvanna Montalvo), que era sua namorada oficial até o momento em que ele conheceu a camponesa.


PERSONAGENS

SOL BUENDIA (Rosmeri Marval)

Tem 20 anos. O verdadeiro sobrenome de Sol é Figueiras, já que é a filha do Dr. Álvaro Figueiras e da falecida Consuelo Restrepo. Há 20 anos, este casal quis arriscar um grande negócio em parceria com uma mulher chamada Regina Caicedo e se deram mal. Regina lhes tirou tudo o que possuíam com uma negociação fraudulenta que, ao ser descoberta por Consuelo, culminou em sua própria morte pelas mãos de um matador contratado por Regina, e na destruição física e moral de Álvaro, que se entregou ao álcool, remoendo para sempre suas desgraças.

Sol foi parar nas mãos de Raúla e de seu marido Servando Buendia, dois agricultores que adotaram a menina para salvá-la daquela situação. Assim, Sol cresceu em meio a mais dura pobreza, em uma montanha dos Andes, se alimentando pouco e trabalhando demais, e sob a ameaça de um homem que a deseja desde que se tornoumulher.

O que Sol não sabe é que esse homem, Heriberto Madronho, além de ser meio-irmão de Regina Caicedo, é o matador que assassinou sua mãe, e a quem foi encomendado perseguir a bebê que os Buendia tinham levado para depois matá-la também. Porém, Madronho deixou o tempo passar, e, ao vê-la se transformar numa bela jovem, se propôs, ao invés de matá-la, torná-la suamulher.

Sem conhecer o perigo, Sol se tornou uma jovem alegre, vivaz, e, graças aos cuidados dos Buendia, bastante moral e ajuizada. Atraente, é como o encanto irresistível das frutas silvestres.  Sol, no entanto, não conhece o amor, além do insano desejo de Madronho. Porém, nem por isso Sol deixa de sonhar. Ela quer ser grande, imagina ser dona de uma grande empresa, com a qual possa evitar que sua mãe tenha o mesmo destino de Servando, que morreu na penúria, na solidão dos montes. Sol se vê como uma engenheira ou advogada, e ao mesmo tempo como uma grande modelo, deslumbrando o mundo com sua beleza, porém fazendo-se sempre respeitar por seu talento e por sua inteligência.

E existe algo que poderá ajudá-la nesse sentido, isso porque Sol é teimosa como uma mula e quando planeja algo não fica quieta até consegui-lo. É orgulhosa e não gosta de perder. Além disso, é paciente e previsível. Outro detalhe que a caracteriza é seu senso implacável de justiça. Paga o que deve e aquele que lhe deve também tem que pagar, porque para isso tem uma memória extraordinária que permanentemente lhe recorda os que querem fazê-la de boba.

Com relação ao amor, Sol também tem sonhos. Idealiza um rapaz educado, bonito, carinhoso, semelhante a um homem que jamais tenha visto, e que será o único príncipe a quem ela possa entregar o precioso tesouro de sua intimidade. Entretanto, seu destino estará marcado pela tragédia, e isto fará com que sua inocência se torne raiva, e que sua paciência e sua previsão a ajudem em um cálculo preciso, de modo que possa alcançar seus sonhos de riqueza e de superação, mas, sobretudo, a sustentar a vingança necessária contra àqueles que a feriram quase até a morte.


ALEJANDRO MONSERRAT(Daniel Elbittar)

Tem 26 anos. Engenheiro e diretor da empresa naval de seus pais, Alejandro é um rapaz que, até agora, conhece somente o lado bom da vida. Não sabe o que é o sofrimento, nem a necessidade, e desfruta de uma família que julga ser feliz e correta. No entanto, enquanto se diverte com os esportes radicais, os carros esportivos e as motos de alta cilindrada, Alejandro é vítima do engano de sua mãe. Regina é uma admirável dissimulada e habilidosa mentirosa, capaz de esconder, por exemplo, que mantém Bárbara, a irmã do rapaz, trancada sob ameaças, para que ninguém saiba sobre a gravidez da moça, o que para ela évergonhoso.

Essa capacidade de Regina de maquiar a realidade é a causa pela qual Alejandro nem ao menos suspeita que a proximidade entre Regina e sua irmã Alícia, não provém da cumplicidade de ambas em sua visão do mundo, mas sim, que está sustentada na manipulação da mãe sobre a filha, a quem Regina envilece a base dos ressentimentos que lhe incita, tornando-a uma arma preparada para a defesa de suahegemonia.

Por isso, devido a capacidade de atuar de sua mãe, ele é incapaz de ver que a relação dela com seu     pai não consiste no casamento feliz e tranquilo que parece ser, mas sim no domínio nocivo de Regina sobre Eloy, a quem vê como inofensivo. É por isso mesmo que jamais passou pela mente de Alejandro que a aprovação de sua mãe no relacionamento dele com Aída Cárdenas del Risco, seja fruto da simpatia de Regina por Aída, por ela ser uma mulher madura e ajuizada, mas sim, pelo proveito econômico que ela pensa em tirar com estaunião.

Porém, o fato não é que ele não goste de suas irmãs, nem de seu pai e nem de que seja indiferente com a existência deles, já que os ama com um carinho genuíno. Tampouco é retraimento ou debilidade, porque Alejandro ostenta uma evidente e viril força de caráter, é um permanente defensor da razão, da honra e da verdade. O acontece é que Alejandro é um bom homem, e como bom homem enaltece sua mãe, a quem admira por seu aparente perfil de mulher que veio de baixo e que conquistou o que tem por meio de esforço esacrifício.

Entretanto, dois acontecimentos mudarão sua forma de ser e de pensar. O primeiro será conhecer   Sol, por quem ficará arrebatado de uma maneira irreversível, não sendo capaz de amar nenhuma outra mulher que não seja ela, mesmo contra a opinião de sua mãe. A segunda, e talvez a coisa mais importante que mudará o rumo de sua vida, será o descobrimento tardio da verdadeira natureza de Regina Caicedo de Monserrat, o monstro mais horrendo que jamais pôde imaginar. Então, terá que decidir entre seus afetos e a realidade, e deverá assumir a solidão que o fará finalmente se comprometer consigo mesmo em prol dajustiça.


HERIBERTO MADRONHO (Simón Pestana)

Tem 40 anos. Meio-irmão de Regina. Heriberto veio ao mundo no banheiro de um bar, e ali teria ficado se não fosse por Regina, que, ainda sendo uma garotinha, o recolheu e, com a dificuldade da inexperiência, o criou aos trancos e barrancos, lhe deu comida e lhe curou as doenças por puro entretenimento. Mais tarde, já grande, o colocou para fazer por ela os trabalhos sujos que seus propósitos requeriam, e em troca lhe deu tudo aquilo que ele tem hoje: um prostíbulo que ele, para não relembrar suas origens, quase não visita, mas que lhe rende bonslucros.

Assim como sua meia-irmã, nunca estudou nada, nem se preparou para outra coisa na vida que não fosse a conquista do que quisesse tirando proveito. Porém, Heriberto não puxou a perspicácia de Regina, e se tornou uma pessoa comum, sem projetos, de mente incapacitada para a estratégia.

Desprovido de escrúpulos, cruel por natureza e mal-agradecido de costume, não ama nem sua irmã, com quem sempre manteve uma atitude de conveniente submissão, por trás da qual esconde inutilmente a inveja que ela lhe causa. Entretanto, Heriberto possui uma pequena fraqueza, isso porqueexistepelomenosumátomodesentimentoemseucorpo.Éalgodifusoeperturbador,que ele mesmo não entende, nem quer aceitar, isso foi justamente o que lhe impediu de, há vinte anos, obedecer as ordens de Regina, e assassinar a filha recém-nascida de Consuelo e Álvaro Figueiras.

Essa mesma sensibilidade, oculta e martirizada pelo ressentimento, foi a que fez com que se apaixonasse profundamente, mesmo que sem expressar sua ternura, por Sol, a quem considera sua por direito, por ter poupado sua vida. Porém, será precisamente esse amor que irá desgraçá-lo e atormentá-lo até a morte, sobretudo, porque Sol lhe retribuirá os golpes recebidos, até vê-lo agonizar com o derramamento de seusangue.


AÍDA CÁRDENAS DEL RISCO(Yuvanna Montalvo)

Tem 30 anos. Aída é engenheira, como seu namorado Alejandro, mas nunca trabalhou, sempre esteve à espera de que o mundo a mantivesse, em recompensa ao favor que ela faz ao mundo ao estar viva. Orgulhosa, calculista, frívola e bonita, muito bonita, Aída cresceu como filha única de um casal de aristocratas falidos, que, antes de morrerem acidentalmente, não lhe contaram a situação ruim que estavam suas finanças. Foi criada como uma rainha, o que legitima seu egoísmo, e a faz sentir superior ao restante da humanidade. Apaixonada pelo sexo, e da mesma forma pelo poder, fixará seu olhar em Alejandro Monserrat, bem como pelo seu dinheiro e por suas virtudes de extraordinário amante.

Porém, muito em breve, a vida lhe fará uma jogada que, além de desorientá-la, revelará não somente sua má sorte, como também, que sua ignorância é maior que sua maldade. Isso irá ocorrer quando não só for desprezada pelo coração de Alejandro, por causa de uma miserável camponesa como Sol, como também quando se tornar, sem se dar conta, o instrumento de uma maldade maior, como a de Regina, a quem não lhe custará muito fazê-la acreditar que é muito esperta, enquanto a faz cair em sua própria armadilha.


REGINA MONSERRAT (Carlota Sosa)

Tem 45 anos. Mãe de Alejandro. O coração de Regina é um composto mineral de dores, vergonhas, ressentimentos e más intenções. Filha de uma prostituta que jamais lhe deu um beijo, ela mesma teve que seguir os passos de sua mãe, ganhando o sustento com o suor de sua desonra, e chegando a perceber o desrespeito contra seu corpo como coisa normal e cotidiana, como a fome que passou e com a dura certeza de não ter no mundo ao menos uma pessoa que a amasse.

Andina, e mais que pobre, de origem miserável, a única educação que Regina recebeu lhe foi dada através de sua aguda observação do mundo. E isso já é muitíssimo. Por isso Regina sempre teve muito claro que felicidade é ter nome e dinheiro. Para ela, a vida é uma mecânica desolada, na qual existem apenas dois tipos de pessoas, os “de cima” e os “de baixo”; onde os de baixo devem se abaixar para que os outros possam montar, e os de cima devem dar patadas para não serem prejudicados pelos de baixo.

O fato é que Regina, logo cedo em sua vida, conseguiu ficar por cima, ao enganar os inocentes que estava procurando: Consuelo e Álvaro Figueiras, aos quais despojou para ter dinheiro, e Eloy Arturo Monserrat, com quem se casou para ter um nome. Hábil, misteriosa e mesquinha, Regina é uma serpente que jamais deixa de estar à espreita. Nesse sentido, sabe usar o dom do silêncio oportuno e da palavra precisa, junto a sua extraordinária capacidade para o fingimento, que a faz parecer abnegada e angelical, quando na realidade ninguém sabe exatamente onde está sua alma… se é que tem.

Mesmo assim, Regina Caicedo de Monserrat, ou Regina Monserrat, como gosta de ser chamada, conseguiu ter a oportunidade de desfrutar do afeto. Hoje tem uma família, três filhos que a amam e, sobretudo Alejandro, que a venera. E Heriberto, seu meio-irmão, de quem tratou de cuidar quando o viu na mesma situação que ela, indefeso e carente do amor de sua mãe. Porém, a verdade é que Heriberto não foi criado por Regina com carinho, muito menos por piedade, mas sim, somente para ter um interlocutor para quem revelar seus inconfessáveis planos de grandeza. E quanto aos seus filhos, ela não se deixa levar por apegos, nem sentimentalismos: somente trata de fazer o teatro da maternidade, até o momento em que cruzarem seus interesses, e eles, mesmo sendo sangue de seu sangue, sabem que Regina Caicedo não tem limites quando se trata de defender o posto de supremacia que tanto lhe custou conquistar.


ELOY ARTURO MONSERRAT (Antonio Delli)

Tem 50 anos. Pai de Alejandro.  Eloy sempre soube que seu casamento com Regina foi um equívoco. Isso porque, há cerca de 30 anos, o sexo para Eloy era para mais importante que os erros. Com isso, Regina o seduziu, envolvendo-o com seu desejo insaciável, até o momento em que ele, sem se dar conta, já estava dando o sim em frente ao altar. Desse modo, pouco tempo depois, logo que Regina tornou-se dona e senhora de sua mansão, de seus bens e de sua vida, já tinham três filhos, e era tarde demais para qualquer tentativa de retorno.

No entanto, ele já havia percebido que por trás daquela jovem de olhar sensual e de comportamento aparentemente ingênuo, estava outra coisa que não era exatamente o amor. Porém, um homem como ele, descendente de uma nobre família catalã e educado para a vida tranquila, distante do suor e das exaltações, para evitar discussões e preocupado com seus filhos, para que não presenciassem enfrentamentos nem falta de educação, tem levado quase três décadas adiando o momento de quebrar o silêncio que tem guardado com enorme paciência.

A verdade é que, a essas alturas, se fosse por ele, não faria nada, e não por falta de coragem ou de razão, mas no fundo, simplesmente por estar acomodado. Isso porque Eloy, mesmo sendo um cara extremadamente culto, é um sonhador frustrado, um homem acostumado com a insatisfação, e, sobretudo, à nostalgia de um amor impossível, um amor que não sentiu por ninguém mais, e que ainda continua sentindo por Paola Buendia, a mulher humilde que algum dia foi sua, e que os protocolos sociais a distanciaram de seu lado, para que ela acabasse se tornando a esposa de um motorista da empresa.

O que ele ainda não sabe é que Regina o usou para sair do submundo da prostituição, com um nome e um lugar na sociedade, o que a distanciou radicalmente de sua vida anterior, infame e desonrada. O certo é que, quando Eloy descobrir isso, sua conduta dará um giro marcante, e então se atreverá a tentar se aproximar da mulher de sua vida, mesmo com os impedimentos e perigos derivados do estado civil dele e de Paola. Porém, somente quando a venda cair de seus olhos e conseguir enxergar a fachada criminosa de Regina, é que Eloy terá a força necessária para mandar para bem longe esta aproveitadora que acredita ser o centro do mundo, e enfrentar José Domingo Morales, muito mais forte e mais preparado que ele, e jogar em sua cara que, contra vento e maré, lhe tomará sua mulher.


ALÍCIA MONSERRAT (Eileen Abad)

Tem 25 anos. Alícia Monserrat é uma mulher fenomenal. E ela sabe explorar isso com desenvoltura. Alícia é a rainha da praia. Desde a hora que chega até quando vai embora, ninguém faz outra coisa a não ser observá-la e ela aproveita. Médica de profissão e sedutora por ofício, desconhece que não é a primeira das filhas de uma família milionária, mas sim, o fruto vergonhoso de um deslize de Regina Monserrat com José Domingo Morales, aquele que outrora foi seu motorista.

Caprichosa, malcriada, impulsiva e dona de um mau-caráter seguramente herdado de sua mãe, Alícia é camaleônica, bipolar e de extremos, apesar de sua aparência imperturbável. O fato de ter tido tudo na vida, exceto o amor, a tornou uma jovem amargurada e egoísta, que considera que a vida está em constante dívida com ela, como resultado de suas carências afetivas de longa data.

Apesar disso, este lado sombrio de seu coração não será manifestado até o momento em que sua melhor amiga, Maria do Céu, por obra do destino, sem querer e nem saber, começar a disputar seus territórios.  Então, a verdadeira Alícia florescerá, invejosa, calculista, demoníaca, digna filha de sua mãe, cuja maior vilania é a capacidade para fingir que ama, com a mesma força com a qual odeia silenciosamente.


BÁRBARA MONSERRAT (Ornella de la Rosa)

Tem 18 anos. Irmã mais nova de Alejandro. Bárbara, com o bom coração herdado de seu pai, nunca foi um problema como filha. É estudiosa, nobre, ama sua família e é respeitosa com os mais velhos. Sempre foi a típica jovem rica, despreocupada e risonha, até o carnaval do ano passado. Nessa ocasião, se disfarçou de Mulher-Gato em uma festa a fantasia na praia e acabou à beira-mar, fazendo amor com um Batman encantador, mas cujo rosto nunca conseguiu ver.

O resultado foi uma gravidez que a tirou dos estudos de Comunicação Social e que acabou com a antiga camaradagem de sua mãe com ela. Agora, Bárbara é uma vergonha para Regina, que a obriga a não sair de casa, até que tenha passado algum tempo depois de seu parto, de tal forma que o bebê não termine sendo a evidência de uma afronta ao seu sobrenome, e possam apresentá-lo à sociedade como uma criança adotada por sua infinita “generosidade”.

Como se isso fosse pouco, Regina obriga Bárbara a manter a mentira de que sua reclusão é espontânea, e não a pedido de sua mãe, e que sente vergonha de revelar seu motivo. Assim, a pobre moça, confusa com o fenômeno da maternidade precoce, é vítima da chantagem de uma mãe desnaturada e cruel, que ameaça deserdá-la e jogá-la na rua, caso revele a verdade sobre o que ocorre.

O certo é que Bárbara, idêntica ao seu pai, é inimiga da discussão, de modo que, em parte por comodidade, tem evitado a todo custo uma rebelião contra Regina, ainda que a qualquer momento pudesse contar com o apoio de Eloy e de Alejandro. No entanto, a verdadeira razão de sua passividade não é outra senão seu plano de fugir de casa e fazer sua vida por conta, com seu filho e sem outro apoio que o de sua própria capacidade para trabalhar. Porém, nesse projeto, se bem por um lado, conhecerá o valor imenso da amizade e do amor por intermédio de Giselle e Cristo José, por outro lado, conhecerá a crueldade de sua mãe. Com essa sorte, sua personalidade deverá mudar, e será preciso conquistar uma fortaleza que ela nunca havia necessitado, além disso, terá que decidir entre o destino que ela quer, e o que sua mãe tenta lhe impor.


CARLOS MACHADO (Alexander Da Silva)

Tem 26 anos. Carlos é um galã, ninguém duvida disso. E ele também jamais fez questão de discordar. Porém, devido às circunstâncias, tornou-se pai e chefe de família, o que lhe acrescentou um toque adicional de maturidade que o torna definitivamente irresistível. Entretanto, por trás de sua fachada sedutora, além de uma grande simplicidade de caráter, existe um mundo de profundas tristezas. A primeira delas é sua saúde, fragilizada com o terrível diagnóstico de Lupus Eritematoso Sistêmico, que, com sorte, lhe dá expectativa para dez anos de vida. Porém, mais que isso, sua própria história pessoal é um desastre.

Seu pai, Ruperto Machado, era um golpista profissional, que morreu há vinte anos pelas mãos de uma de suas vítimas, e sua mãe, Ricarda Blanco, aliás Rika White, se encontra presa pelo mesmo delito, por isso ele teve que lutar por conta própria pela sua sobrevivência e a de sua irmã Giselle, a quem praticamente criou como sua filha. Carlos não tem onde cair morto, porque o pouco que ganha como advogado sem título em um escritório jurídico não lhe sobra para nada, e muito menos para terminar seus estudos, que resta apenas um semestre e a tese.

Mesmo assim, pode-se dizer que é rico em ternura, milionário em honestidade, e um completo magnata em matéria de sonhos e esperança. E ele vive disso, sonha em tirar sua mãe da prisão, desejando que ocorra um milagre e que ela aprenda o valor da honradez e possa viver bem, espera também ganhar o dinheiro necessário para oferecer uma boa educação a sua irmã e morre de trabalhar para comprar uma casa própria. Desse mesmo modo, conhecerá Maria do Céu, na mesma solidão que ela, na mesma certeza de que apenas a humildade os acompanha e somente o coração contribui e justifica a busca pelo amor e um futuro melhor.


GISELLE EUGÊNIA MACHADO (Vanessa Suárez)

Tem 18 anos. Irmã de Carlos. Assim como Carlos vê o sol pelos olhos de Giselle, ela também guarda um amor reverencial por seu irmão, a quem ama com a cumplicidade com que convivem os amigos, ao mesmo tempo em que o respeita como se fosse um pai bondoso. Com Rika White, sua mãe, é outra coisa. Ela compartilhou com Rika toda sua infância e sua pré-adolescência, mas essa viagem imprevista para fazer uma pós-graduação” que não termina nunca, lhe deixou um sentimento de ausência que ela não pode reprovar, porque acredita que sua mãe está fazendo algo digno de admiração, que é estudar e se superar.

Giselle, entretanto, continua vivendo sua juventude, enquanto trata de seguir uma carreira em Administração de Empresas, o que não a satisfaz por completo, já que, na realidade, gosta mesmo é de dançar. Mesmo assim, continua suas aulas, a trancos e barrancos, se esforçando para não decepcionar o irmão que tanto se sacrifica por ela. No entanto, seu momento de mudança surgirá, mais que do amor imenso que chegará a sentir por Cristo José, através de sua audácia para tomar decisões enlouquecidas, e, sobretudo, do instinto maternal que a acompanha. Porque isso é o que ela quer na vida: ter filhos e criá-los bem, mesmo ainda não tendo uma ideia exata do desafio e da responsabilidade que isso implica, sem contar que infelizmente foi diagnosticada sua incapacidade congênita de ficar grávida.

Amiga incondicional, como seu irmão lhe ensinou a ser, resgatará Bárbara das águas do desânimo quando ela for morar sozinha com o filho do Batman misterioso que a engravidou e embarcará com ela na loucura de ter uma filha própria com a ajuda do ventre de sua amiga, para logo descobrir que, entre o bebê de Bárbara, que finalmente terminará sendo filho de Cristo José, e a nova criatura que estará crescendo no ventre emprestado, não estará fazendo outra coisa além de envolver a todos com seus sentimentos, colocando à prova seu enorme senso de lealdade entre os amigos.


RICARDA BLANCO “RIKA WHITE” DE MACHADO (María Antonieta Duque)

Tem 40 e pouquinhos anos. Mãe de Carlos. Rika justifica frequentemente sua vida errante com o argumento de que não pôde ser de outra maneira. Aos seus quarenta “e pouquinhos” anos permanece perfeita, entre o encanto da maturidade, a vitalidade da pele e a firmeza de uma forma física que parece estar em sua melhor fase. Além disso, sua fisionomia caucásica, seu um metro e oitenta de estatura, seu cabelo sedoso e loiro e seus olhos bem azuis, combinados com suas roupas impecáveis e oportunas, conferem à sua presença um ar de importância e de superioridade, que combinam bem mais com a imagem de uma pessoa elegante do que com a de uma pobretona, de bacharelado inconcluso, e que a única coisa que aprendeu na vida foi a arte de disfarçar os disparates que costuma dizer com um hábil toque de falsa educação.

Assim, o que ela faz é tentar dar pinta de doutora, de gringa, ou de gerente, em meio a árdua tarefa de encontrar alguma forma de não ter que trabalhar. Esse é seu diferencial: que não anda em busca de caminhos, mas sim, de atalhos. De modo que, em sua impaciente necessidade de grandeza, mente, e mente até para si mesma, sem se importar que por essa via termine tirando o dinheiro dos desprevenidos, enquanto os engana e encanta com sua lábia graciosa.

Porém, ainda assim, no fundo Rika é uma mulher honesta e de princípios. Razão pela qual ama seus filhos como ama e procura sempre o melhor para eles, e de que queira, inclusive, ensinar-lhes os valores morais e éticos que ela não representa. Outro ponto que a revela em tal sentido é seu comportamento no que diz respeito aos homens e ao amor. Rika, apesar de sua natureza apaixonada, até agora foi mulher de apenas um homem, o falecido Ruperto, com quem aprendeu as táticas de fraude, chegando de fato a superar seu mestre.

Os três anos que tem passado na prisão lhe serviram para aprender várias coisas. A primeira é a língua inglesa, que domina perfeitamente, graças às aulas que recebeu de uma companheira; a segunda é que encontrará o morenaço forte e trabalhador com o qual sonha desde que enviuvou e a terceira é que não há nada mais importante na vida do que o carinho e a família.


PADRE RAMON ECHEZURÍA (Nacho Huett)

Tem 28 anos. Melhor amigo de Carlos. Ramon é um anjo. Nasceu assim e assim continua sendo agora adulto: é benigno, amável, compreensivo, bondoso de coração e em suas ações e analítico gratuito da realidade humana. Por isso, apesar de ser um bom rapaz, alegre e criativo, se uniu a Deus antes de se apaixonar por qualquer mulher. É sacerdote católico, e assume essa condição com dignidade e satisfação. Ramon gosta de seu trabalho. E isso, mais do que qualquer razão mística, é o quefundamenta sua justa decisão de ter vestido a batina e aceitado a dura prática do celibato, por que sendo ele um homem, não está imune à paixão, nem aos desejos da carne. Porém, Ramon tem um antídoto infalível: imagina vivendo como qualquer outro, longe da igreja, de Deus, de sua fé e então o erotismo torna-se se um incômodo.

Ramon é órfão e, além da igreja, o único lar que possui é a casa de Carlos, com quem cresceu, e ele, mais do que seu amigo, é o irmão mais velho que nunca teve. De fato, se Carlos é um homem sério e cheio de valores morais, é por sua influência. Do resto, além de ser o excelente amigo que é, e o cara para quem não existe tempo ruim, Ramon, como Francisco de Assis, deseja pouco e o que deseja, deseja pouco também. Seu lema é a regra de viver para o próximo e isso é o que Ramon demostrará pagando, quando chegar a vencer as mais insuportáveis tentações deste mundo.


MARIA DO CÉU MORALES(Greisy Mena)

Tem 25 anos. Maria do Céu é um conjunto de estranhas contradições. É alta, forte, definitivamente bonita e sabe se comportar com plena segurança e até com valentia. No entanto, basta olhar em seus olhos para entender sua evidente fragilidade, o triste semblante pelos sonhos inconclusos que existe por detrás deles. Quando vai até a praia trajando seu uniforme de policial, com shorts e camiseta bem justos, exibindo suas pernas douradas e seu Glock calibre 9 mm, produz o efeito contraditório de atrair e intimidar ao mesmo tempo. À luz do sol, com o olhar perdido sobre o mar, tem o aspecto terno e doloroso de uma santa, mas quando olha para alguém diretamente nos olhos e diz “fique quieto e colabore”, e, pior, quando aponta o dedo, deve-se obedecê-la, ou o resultado não será nada agradável.

Mari tem um coração expansivo e generoso, mas, da mesma forma, preso pela mais férrea e incorruptível moralidade. Seu lema é a decência e a lealdade. Filha de pessoas pobres e honradas, está cheia de ilusões e desejos, entre os que se destacam sair da pobreza, e para isso tem pegado no batente, estudado e sendo útil para o mundo. Para isso estuda Direito em seus poucos tempos livres, com objetivo de oferecer uma vida melhor a sua mãe, a seu pai e a seu irmão, que são para ela, mais que uma família, uma religião. E assim, entre a firmeza de seus princípios e o desejo por um grande amor, como o que ela é capaz de dar, segue a vida esperando a chegada de um príncipe que transforme suas discordâncias na chave para sua felicidade.


CRISTO JOSÉ MORALES (Hecham Aljad)

Tem 19 anos. Irmão de Maria do Céu. Cristo José é um rapaz descomplicado, ingênuo e brincalhão, que, como muitos jovens de sua idade, acredita ter em mente o que é e o que deve ser na vida. Já fez vários cursos: mecânica, computação, técnico em rádios e até de meditação transcendental. Porém, nada o satisfaz mais que o mar. E talvez seja por isso que acredita que, com o que sabe de surfe e de pesca submarina, já esteja de bom tamanho para sentir-se realizado e ganhar o sustento com as aulas que dá sobre isso na praia diariamente.

O problema é que a hora de ser pai chegará até ele de forma prematura, e, a partir desse momento, quando passar a entender que com o que ele ganha pode até comprar roupa e se divertir, mas não é suficiente para manter uma criança, começará a repensar nas possibilidades para sua superação profissional, em uma área que ainda não decidiu qual, e que lhe custará encontrar em meio as mil e uma atividades profissionais que terá que praticar para pagar o leite, as fraudas, as vacinas e tudo o que se refere à manutenção de seu pequeno.

Cristo tem um coração de ouro, herdado de seu pai José Domingo, e um senso muito claro de honestidade, de decência e de respeito à palavra dada. Entretanto, depois de sua relação com Giselle e Bárbara, e devido ao profundo respeito que sente por sua família e pelos códigos éticos que a sustenta, em certo momento não encontrará a maneira correta de explicar a seu pai e a sua mãe que tem duas esposas e dois filhos e que, a rigor, pertence às duas.


PAOLA BUENDIA DE MORALES (Marialejandra Martín)

Tem 45 anos. Mãe de Maria do Céu. Quando criança emigrou dos Andes para a costa. Paola nunca imaginou que chegaria a esta idade com essa aparência melancólica em seu rosto, com esse desânimo à flor da pele e com esse sabor amargo na boca. Ela é uma bela mulher, tecnicamente está “inteira”, mas existe algo que vem de seu interior que cada dia a incapacita mais para o amor, e inevitavelmente a faz queixar-se e desapegar-se de seu marido. Não é pela pobreza vivida junto a José Domingo, porque tampouco têm sido tão pobres a ponto de não terem onde morar ou o que comer. Não é por seu enorme apego à fé católica, porque mesmo sendo cristã praticante e obediente, ainda não chegou ao extremo do fanatismo religioso. Também não se trata de algum ressentimento por um suposto chifre que José Domingo tenha lhe colocado, já que ela, pelo menos até agora, nunca descobriu qualquer infidelidade de seu marido.

O certo é que para todos na casa existe um mistério por trás desta mulher, que, sem dúvida, é boa mãe, esposa dedicada e amante fiel de sua família e de suas obrigações, apesar da sensação de contrariedade que sempre a acompanha. Eles tentarão encontrar as causas de seu conflito interior com a ajuda de psiquiatras, psicanalistas, padres e até bruxos, mas todas as tentativas terão resultados insatisfatórios, para tristeza de seus filhos, Maria do Céu e Cristo José, mas principalmente para José Domingo.

O que ninguém sabe, além de sua afilhada Raquel, e de sua irmã Raúla, é que a origem da infelicidade de Paola está na vergonha e na culpa pelo secretíssimo chifre que um dia ela colocou em seu marido, com seu antigo patrão, há 25 anos. Paola não se casou com o homem por quem realmente estava apaixonada, mas sim com o que pôde se casar, porque onde já se viu donos de grandes corporações, como Eloy Monserrat, se apaixonarem e muito menos se casarem com suas cozinheiras.


JOSÉ DOMINGO MORALES (Juan Carlos García)

Tem 45 anos. Pai de Maria do Céu. Apesar das infidelidades que frequentemente comete contra sua esposa Paola, e que ele sempre considera bastante normais e genuínas, José Domingo nunca pôde entender o motivo pelo qual existam os mandamentos da lei de Deus. De modo que, segundo ele, a única coisa que se deve fazer é ser uma pessoa direita, pois todo mundo sabe como se comportar bem. E é o que ele faz. Trabalha como um burro, não bebe, se deita cedo e se esforça para ensinar a seus filhos o valor da honestidade, do respeito e da palavra dada.

Como pai, não há o que reclamar. Seu único problema é a necessidade de sexo, e por sorte sabe esconder isso muito bem por trás de sua cara de homem bondoso e manso, mas não consegue evitar e isso não também não lhe acarreta a mais mínima culpa. Ama loucamente sua filha Maria do Céu e sente-se orgulhoso por ela. Já com Cristo José, seu filho mais novo, acontece algo diferente, porque mesmo o amando, não encontra uma solução para que o rapaz viva com um pouco mais de seriedade e maturidade. Mesmo assim, sabe que ele tem um bom coração e isso já basta. Seu problema fundamental é Paola, melhor dizendo, o temperamento sexual apaixonado dele diante da frieza e do desinteresse erótico dela.

Moreno, robusto e homem de bem, não é muito hábil com as palavras, nem com a cultura, mas também acredita que não seja preciso ser um doutor para perceber que sua esposa não lhe dá atenção. Nesse sentido, José Domingo receberá o primeiro grande golpe de sua vida com o descobrimento tardio dos motivos pelos quais Paola o rejeita. Então, diante da realidade de que sua esposa sempre amou outro homem e de que sua filha não é sua filha, precisará de uma clareza para entender e uma tolerância ética da qual não dispõe.

Assim, em meio a essas paixões, e com sua extrema ingenuidade, que o faz pensar que o macho coloca chifres porque esse é seu instinto, e não da mulher, porque não é de seu feitio, José Domingo encontrará o maior obstáculo de sua vida. Como uma luz no fim do túnel, também descobrirá que, assim como Paola, ele que também se deitou com sua antiga patroa, Regina Monserrat, passou por um caso semelhante, já que Alícia é sua filha e não de Eloy.

Porém, nada o sacudirá de forma tão violenta e definitiva como a chegada de Rika White em sua vida. Esta orgulhosa loiraça, não só fará com que ele sofra com o constante desejo, como também o fará padecer com a aprendizagem, dificultosa para ele, do valor e da necessidade da fidelidade na relação. Assim, receberá o castigo aonde mais lhe dói, ou seja, em seu orgulho, devendo renunciar ao machismo que o caracteriza, para entender que o homem e a mulher são iguais, quando se trata de desejos e de instintos hormonais.


RAQUEL BENÍTEZ(Grecia Augusta Rodríguez)

Tem 42 anos. Afilhada de Paola. Raquel é uma mulher sozinha. Tem família nos Andes, os pais e duas irmãs, mas Raquel prefere não falar dessa gente que, ao que parece, também não se interessa muito por ela, porque nem ligam, nem a procuram. A vida não lhe deu filhos. E é estranho, porque Raquel, que é uma mulher bastante proporcional, atraente e medianamente culta, aparentemente, não sofre de nenhuma doença, nem impedimento físico para engravidar. Além disso, gosta muito de crianças e possui todas as qualidades para ser uma boa mãe. Particularmente, adora os filhos de Paola, que considera sua única família, e com quem vive sem incomodar desde que o mundo é mundo.

Ela é sua interlocutora espontânea e amiga incondicional, e caminha como sua sombra quase 24 horas por dia, ajudando-a no trabalho e nas tarefas domésticas. Mari e Cristo a tratam como tia e isso a enaltece e dá orgulho. Paola a trata de afilhada, e isso, apesar de aceitar, enche seus olhos de um secreto sentimento. A pergunta que todo mundo faz é por que Raquel nunca teve um namorado, um amante fugaz, ou qualquer homem a quem ela se refira com raiva ou amor.

O que ninguém sabe é que Raquel é virgem. E a única que conhece o motivo de sua virgindade é Paola, mas jamais revelará, por respeito a ela, pelo afeto que as une, e porque, se quisesse revelar descobriria que essa razão secreta também a envolve.


RÔMULO MONDRAGÓN (Héctor Peña)

Tem 30 anos. Rômulo é o melhor amigo de Maria do Céu, é policial como ela, mas o que ninguém sabe, exceto Mari, e a metade de Valência, que é cidade onde ele morava, é que Rômulo é gay. Ninguém na corporação suspeita de suas inclinações, que ele sabe esconder muito bem... Até tomar o terceiro gole. Então, começa a cantar como Juan Gabriel e a olhar diferente para seus companheiros de trabalho. É um cara de bom coração, e, contanto que não o despedissem do trabalho, seria capaz de gritar para seus companheiros policiais, não somente que é gay, coisa que ele não se importa em reconhecer, mas também, que está perdidamente apaixonado por seu chefe.


VÍCTOR HUGO ANCÍZAR

Tem 30 anos. Víctor Hugo é um rapaz rico, bem de vida, educado e fino. Além de primo-irmão de Alícia, foi namorado de Maria do Céu na adolescência, quando passava as férias na casa dos Monserrat. Então, ela teve oportunidade de conhecer esse cara que, apesar de parecer tonto, na realidade, de tonto não tem nada. Este jovem herdeiro de uma considerável fortuna, a qual já esbanjou em segredo, por trás de sua aparência de moço bondoso, irá demostrar o quão ressentido e ladino pode ser depois de tornar-se o braço direito nas vilanias que a própria Alícia não será capaz de cometer.


ESTER MENESES-RAVELO

Tem 50 anos. Chefe de Carlos. Ester é a dona do escritório onde Carlos trabalha, além de algumas outras propriedades, como dois apartamentos alugados e um aonde mora, uma borracharia, três vendas de salgados e um ônibus de fretamento, de tal maneira que, apesar de não ser multimilionária, possui, graças ao que pôde obter de seus três divórcios, tudo o que queria ter na vida, exceto duas coisas: um filho e um amor que possa acompanhá-la.

Um de seus maiores orgulhos é sua comissão traseira, que exibe e rebola intencionalmente como se estivesse em um bambolê. Para Ester, que não entende sobre as novas estéticas femininas, esta é a chave e o centro de toda feminilidade, e a prova disso é que os homens tendem a falar especificamente da bunda quando querem se referir a uma mulher. Aproveitadora por costume e sozinha, muito sozinha, Ester, sem chegar a ser uma vilã, submete Carlos a uma chantagem econômica não declarada, já que, segundo ele, ela se aproveita de seus conhecimentos de Direito e de sua capacidade profissional em troca de um salário insignificante e que não poderá ter acréscimo até que ele se gradue, mas fazendo todo o possível para que ele não tenha tempo de se formar, não somente por sua mesquinhez, mas, sobretudo, para tê-lo junto a ela.

Isso porque Ester sabe que, depois que receber seu certificado, ele irá embora, e ela vê em Carlos a possibilidade de um romance que possa reacender seu fogo, já que, há alguns anos, ela arde, mas não queima. Porém, até agora, nenhuma de suas insinuações lhe rendeu resultados, porque Carlos parece estar cego. Ela acredita que o peixinho não tenha caído em sua rede por causa de suas diversas ocupações, mas a realidade é que Carlos, além de não ter vocação para amar mulheres mais velhas, e muito menos com o perfil igual ao dela, está a ponto de quebrar o recorde por prender a respiração diariamente para não sentir o terrível mau hálito dela em sua frente.


BETY

Tem 25 anos. Secretária e confidente de Aída. Bety é uma jovem muito bonita, mas definitivamente bobinha, que, mesmo não estando de acordo com as atitudes de sua patroa, deve se submeter a ela e escutar as barbaridades que se passam em sua alma, sendo vítima de suborno. Apesar de ser uma moça honesta, terá que cruzar os limites da moral, somente para não perder seu emprego e para realizar seu sonho de colocar silicone nos seios.


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